terça-feira, 9 de dezembro de 2008

labirintos

Budapest tem muitas atracções... umas mais turísticas que outras... a companhia dos amigos incita à visita mais turística...

A Terra dos Elfos é famosa pelas suas águas termais, isso toda a gente sabe. Contudo, uma parte menos conhecida (até por muitos dos habitantes locais) é o labirinto de grutas com mais de 10 km que existe por baixo da colina de Buda. Estas grutas fazem parte da história da cidade, desde tempos mais ancestrais até ao século XX , em que serviram de abrigo aos ataques durante a guerra. Mais detalhes em: http://www.labirintus.com/en.

Existe uma parte de cerca de 1200 metros possível de ser visitada. Ao longo do percurso vamos encontrando várias obras de arte, algumas delas bastante curiosas. Ficam aqui algumas fotos, mas nada se compara à visita.
Os labirintos são temáticos. Alguns poderão fazer fazer subir a adrenalina e causar alguma taquicardia, até aos mais corajosos. Disso é exemplo labirinto da coragem: um percurso totalmente na escuridão.
Tudo isto é acompanhado de performances audio, tal como um bater do coração vindo das profundezas...
p.s. obrigado ao fotógrafo que tão gentilmente cedeu as fotos e o vídeo ;) Os direitos de autor foram devidamente pagos...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Emigrante, emigrante!

... foste longe e regressaste....

Finalmente obtive o meu "visto de residência"! Fui há pouco ao departamento de emigração e, vários papéis, carimbos e assinaturas depois, lá me deram o cartaozinho. Parece que ainda vou ter outro que virá pelo correio. Não percebi bem, é uma espécie de atestado de residência ou de morada...
Este húngaros são complicados. É necessário entregar um monte de papelada, incluindo os contractos de trabalho, de aluguer do apartamento, seguro de saúde europeu, bla, bla bla. E estamos nós na União Europeia, com o Acordo de Schengen e tal! Imaginem se não fosse!
Eu acho que isto é tudo uma máfia das Agência que tratam da papelada. Eles detêm o poder!! Eu tinha encontro marcado com uma senhora de uma destas agências. Havia lá mais umas quatro ou cinco. Uma a tratar de uma senhora chinesa, outra de um grupo de uns oito filipinos ou indonésios ou coisa parecida e mais umas que por ali andavam. Eu percebi que elas dominam o sistema!

E pronto! Agora que já tenho o meu cartão, vou esfregá-lo nas fuças da rapariga da vodafone que me disse que eu não podia ter internet móvel porque "You are not from here!". Nem com o contrato de arrendamento a coisa se podia fazer...Eu lhe digo quem é que não é daqui!!!!

Entretanto deixo-vos umas fotos que tirei em Outubro no Lago Balaton...




segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Curso de húngaro :(

Consegui sobreviver à minha semana de curso de húngaro intensivo...

Confesso que durante toda a semana me senti completamente burra. os outros conseguiam falar e sabiam mais palavras que eu. Só no final é que descobri que os meus coleguinhas já tinham tido aulas durante seis meses.
Isso não abre perspectivas lá muito boas: quer dizer que vai ter de passar muito tempo até eu conseguir articular uma ou duas frases.
Mas também vejamos, com os exemplos que nos dão (e passo a trancrever à letra):

o caracol o elefante(em cima do) está

1º: não faz sentido!! desde quando é que um caracol se põe em cima de um elefante???????? é só para baralhar a minha cabecinha já de si baralhada.

2º a ordem da frase, para nós em português, é exactamente como eu a escrevi.

3º nem me atrevo a escrevre em húngaro, não vale a pena....

As regras de gramática, ainda vá lá.... são regras, existe uma lógica (ainda que manhossa), eu percebo! Consigo aplicar!
Agora o vocabulário.... é impossível... o problema não é saber o significado das palavras, é decorar as próprias palavras. Não sei se me entendem: são sons tão desconexos e tão longe de tudo o que estou habituada, que me exige um esforço de memorização para o qual eu não tenho capacidade.
As palavras que já conheço consigo facilmente saber o significado.

Sinceramente, fiquei tão obcecada com isto que comecei a sonhar com palavras em húngaro. Curiosamente o Chico Buarque descreve exactamente isso mesmo no personagem do seu livro Budapeste...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lost in translation for ever

Tive hoje a minha primeira aula de húngaro!!!
Eu nunca vou conseguir falar esta língua!
Olá e bom dia já é um grande feito.
Parece que voltei à pré-primária e sou um uma aluna "com necessidades especiais": tive de aprender o alfabeto, as cores, a contar até dez, a dizer quantos anos tenho... como me chamo...
Já chega de humilhação por um dia, não entro em mais detalhes.
Tenho o cérebro completamente frito: quando eu acho que já decorei uma coisa, no segundo seguinte já me esqueci...
Vai dar luta, vai...
Para animar a alma aqui ficam umas fotos bonitinhas!




















domingo, 23 de novembro de 2008

Cai neve em Budapest... faz sol no meu país...
Faz-me falta Lisboa para me sentir feliz...

lá lá lá lá

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Melatonina Please!!!!!!

Esta gente trabalha sempre de luz apagada. A partir das 4 da tarde começa a escurecer. Qto a eles não sei, mas a mim dá-me cá um sono!!!
Não quero ser acusada de despesista, mas eu preciso de luz!!!!!!!

Em alternativa posso recorrer a implantes sub-cutâneos de melatonina. Não vou citar marcas, mas tenho uma ideia. Alguém orienta a cena ;) ?

Noites de Rock&roll e bruxaria

Afinal o Adolfo tinha razão: isto aqui rolla sim senhor!!

Não é o Lux, mas não esteve nada mal: musiquinha da moda, com uns clássicos pelo meio. Gente gira com máscaras cool.
Existe uma grande comunidade de expats em Budapeste e é muito fácil conhecer pessoas. Tenho encontrado alguns estrangeiros simpáticos e lá vou tendo companhia para a farra. Estamos todos cá na mesma situação...
De resto, a vidinha vai tomando rumo. Tenho mais ou menos tudo o que me faz falta. Descobri uns bares engraçados e um cinema tipo King. Tudo isto mesmo ao pé de casa.
A coisa mais difícil de encontar até agora foram as pastilhas para a máquina de lavar loiça. E peixinho, mas isso tb já sei onde comprar.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Lost in translation

Ok, eu suporto nao perceber nada do que estes gaijos dizem, suporto o frio, nao ter msn no trabalho, ter de estudar as caracteristicas das culturas celulares, nao ter acentos nem cedilhas… mas o que me estah mesmo a dar cabo dos nervos eh o barulho ensurdecedor das obras: ahhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!! Martelos pneumaticos e marteladas o dia todo!!! Malditas obras.

Entretanto, aqui vos deixo um resuminho dos meus primeiros dias:
- primeiros dois dias – seminario no lago Balaton (o mar ca do sitio) – terah direito a um post especial – foi fixe pra conhecer todas as pessoas (pr’ai uns 70)
- assinar contrato da casa e mudancas: um dia inteiro a abrir caixotes – estes senhores das mudancas nao sao tao cooperantes como os de lisboa – tb terah direito a mais detalhes
- ainda continuo a abrir caixotes e a arrumar cenas, uma semana depois
- sexta e sabado: formacao: curso de negociacao – em conjunto com os coleguinhas da minha equipa. Foi fixe! Descobri que sou do tipo assertivo, com uns laivos de manipuladora quando eh necessario e tambem com dotes de moderadora. Acho que me safo nesta coisa das negociacoes…
- Domingo: abrir e abrir caixotes. Ah hora do almoco ainda deu para dormir uma soneca ao sol na varanda.
- Seg feira – atiraram-me aos leoes!!! Tive de passar o dia todo a fazer traducao de ingles para brasileiro. Vieram cah uns brasileiros que nao pescavam nada de ingles… Nao foi facil. Eh preciso estar sempre com atencao, nao perder uma unica frase e depois converter isso em portugues do BRASIL!! Sobrevivi, mas a custo :)
- e agora cah estou finalmente no meu pequeno gabinete, a comecar a fazer alguma coisa de jeito. A ser torturada pelo barulho das obras.
- Quinta e sexta nao se trabalha. Eh eh.

Qdo tiver net em casa, ponho fotos e conto mais detalhes.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

casas

Afinal o senhor agente imobiliário fez o seu trabalhinho de casa!
Epleno centro - o bairro VI - perto de Andrassy utca (uma das avenidas principais). Num edifício do sec XIX muito giro. Disseram-me que é um antigo convento. Com um jardinzinho no meio e tudo. Este valeu todo o empolgamento agente imobiliário. De facto um belo apartamento: num 5º andar com varanda - uau! - e uma vista soberba sobre uma praça cheia de cafés e esplanadas...
eis as fotos....


e a vista....

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

de volta

Cá estou eu de volta. Tá calor em Lisboa...
Cansada. Depois de 6 horas de viagem, a única coisa que me apetece é um copo de leite quente - previlégios que nem um quarto de hotel "previlege" me oferece. A amanhã tenho um longo dia de mudanças pela frente. Ainda tenho de separar o que vai do que fica.

Já tenho casa. Deixo-vos aqui uma foto da vista. É em pleno centro de Budapest. Estou contente :) O resto conto depois.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

os elfos são simpáticos

Abrir uma conta num banco húngaro afinal pode não ser um drama.
Tinham-me dito que qualquer um dos bancos nacionais seria bom. Mas qual escolher? O critério foi simples: passei em frente a um que tinha bom aspecto e sobretudo tinha coisas escritas em inglês na porta. Pareceu-me um bom presságio.
Fui atendida por um jovem e uma jovem extremamente simpáticos. Ambos falavam inglês. A coisa correu muito bem. Demorou quase uma hora. Mas consegui sair de lá com uma conta aberta, netbanking, cartão multibanco pedido e, imaginem , telebanco (quanto a este ainda é de pouca utilidade porque só respondem em húngaro...). Isto tudo sem depositar um único forint, sem tre morada fixa, sem ter nº de telefone local e... sem passaporte. Pois é, apercebi-me que a coisa mais estúpida que fiz foi ter deixado o passaporte em Lisboa. O conceito de BI por aqui é um pouco estranho.
Outra coisa curiosa é que é o nome de solteira da mãe que nos identifica na Hungria, a seguir ao nosso nome claro. Felizmente o BI português tem esta informação vital. UFA!
Consegui fazer tudo. Saí do banco com a sensação de ser menos turista.
Até agora, a coisa mais complicada foi mesmo comprar um bilhete de metro.
Conselhos que vos deixo: quando vierem a Budapest tenham sempre muitas moedas na carteira, porque depois podem não conseguir tirar bilhete pro metro, vão ter de ir a pé e podem romper os sapatos. Isto foi o Bruno Aleixo que me disse ;).

Agora, enquanto carrego o telemóvel no hotel, aguardo que o senhor da agência das casas me contacte. Ele diz que anda a procurar apartamentos para mim. Eu começo a ficar stressada. O tempo passa e só vi dois. Das duas uma, ou o senhor não quer saber de mim ou ele está a fazer tão bem o seu trabalho que me vai mostrar o apartamento ideial. Hum... Acho que me vou fazer à estrada e encontrar outras agências. Não tenho nada a perder.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

2ª dia: ver casas.

Tinha marcado com o senhor da agência às 10h em frente à basílica ou catedral ou lá o que é.
Ok. Metro. Três paragens. Parece fácil? Claro. Excepto tirar um bilhete para o dito cujo. Se pensam que é só chegar à máquina e tirar um bilhetezinho.... nem por isso. Primeiro é preciso descobrir onde fica o balcão de comprar bilhetes. Os letreiros são todos em estrangeiro. Decidi arriscar e lá consegui. Métró(mais umas quantas letras) significa mesmo metro.
Ah as casas. Tão a ver a minha casa em Lisboa? O pé direito desta era o dobro! Oh ye! Depois fui outra, com uma super vista para o rio, mas não condiz bem com a minha mobília. Ao que parece aquilo já pertenceu a alguém da embaixada dos EUA.
Amanhã a saga continua.

A seguir, aí vou eu a correr para o escritório. As meninas dos HR aguardam-me ansiosamente. Há que pôr os papéis em ordem. Segurança social, contrato, cartão de contribuinte...
Depois de almoço fui com a chefa dos recursos humanos àquilo que eu acho que são as finanças.
Depois de ter esperado 4 horas na loja do cidadão em Lisboa para pedir um cartão europeu de SS, aqui bastou esperar 20 min e fomos atendidas. Isto parece maravilhoso, mas ao que consta, tivemos sorte.
Não percebo nada do que dizem. Assinei uns papéis em estrangeiro. Imagino que era para pedir o cartão de contribuinte, mas também podia ser a dizer que dou os meus rins para fins científicos. Tanto me faz.
E pronto. Lá estou eu de volta ao hotel, para trabalhar mais um bocado.

Ainda vou ter de ir ao banco abrir uma conta. Isso vou ter de fazer sozinha. Ai ai.

domingo, 21 de setembro de 2008

Primeiras impressões

Cá estou! Ainda não para ficar, mas sinto que a aventura começa agora.
É estranho: chego com a sensação de turista, mas ao mesmo tempo sabendo que esta vai ser a minha cidade.
Ainda não consigo escrever muito.
Estou cansada. (Três horas e meia de avião: valha-nos o bacalhau à brás da TAP e o Fight Club...) E tenho de terminar a apresentação para a defesa da tese.
É assim a minha primeira noite em Budapest: um quarto de hotel e o computador. Por enquanto nada de rock&roll...

Amanhã vou procurar casa...