Abrir uma conta num banco húngaro afinal pode não ser um drama.
Tinham-me dito que qualquer um dos bancos nacionais seria bom. Mas qual escolher? O critério foi simples: passei em frente a um que tinha bom aspecto e sobretudo tinha coisas escritas em inglês na porta. Pareceu-me um bom presságio.
Fui atendida por um jovem e uma jovem extremamente simpáticos. Ambos falavam inglês. A coisa correu muito bem. Demorou quase uma hora. Mas consegui sair de lá com uma conta aberta, netbanking, cartão multibanco pedido e, imaginem , telebanco (quanto a este ainda é de pouca utilidade porque só respondem em húngaro...). Isto tudo sem depositar um único forint, sem tre morada fixa, sem ter nº de telefone local e... sem passaporte. Pois é, apercebi-me que a coisa mais estúpida que fiz foi ter deixado o passaporte em Lisboa. O conceito de BI por aqui é um pouco estranho.
Outra coisa curiosa é que é o nome de solteira da mãe que nos identifica na Hungria, a seguir ao nosso nome claro. Felizmente o BI português tem esta informação vital. UFA!
Consegui fazer tudo. Saí do banco com a sensação de ser menos turista.
Até agora, a coisa mais complicada foi mesmo comprar um bilhete de metro.
Conselhos que vos deixo: quando vierem a Budapest tenham sempre muitas moedas na carteira, porque depois podem não conseguir tirar bilhete pro metro, vão ter de ir a pé e podem romper os sapatos. Isto foi o Bruno Aleixo que me disse ;).
Agora, enquanto carrego o telemóvel no hotel, aguardo que o senhor da agência das casas me contacte. Ele diz que anda a procurar apartamentos para mim. Eu começo a ficar stressada. O tempo passa e só vi dois. Das duas uma, ou o senhor não quer saber de mim ou ele está a fazer tão bem o seu trabalho que me vai mostrar o apartamento ideial. Hum... Acho que me vou fazer à estrada e encontrar outras agências. Não tenho nada a perder.